Para que Deus me escrevesse
Entortei as linhas do tempo
Passaram os sete dias do infinito
E Deus não me palavreou
Nessa espera
Sonhei de vês
E divinizei a palavra
Como Deus me sempre desedenreçou
Fui caindo em desabismos
Desguarnecido de anjo
E em tudo quanto fui
Só demónio me guardou
Então veio a suspeita
Deus já não acredita em nada?
Até que, certa vez
Um poema me rezou
E assim me confortei
A justa palavra
Talvez restasse a crença
De um Deus em nós
Pedi licença à morte
Pedi perdão à vida
Mas não tive notícia
De quem eu queria que me salvasse
E ainda hoje
Só quem reza
Lê as linhas entortadas da poesia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário