Ave Negra


Começo a chorae do que não finjo porque me vi de caminhos por onde nunca fui e regressei sem ter nunca partido para o norte aceso no arremesso da esperança. Nessas noites em que da sombra me disfarcei e incitei os objectos na procura de outra cor, encoragei-me a um luar sem pausa. E vencendo o temoi que se faz tarde disse: o meu corpo começa aqui e apontei para o nada...porque me havia convertido ao sonho de ser igual aos que não são nunca iguais. Faltou-me viver onde estava, mas ensinei-me a não estar completamente onde estive, e a cidade dormindo em mim não me ouviu entrar na cidade que em mim despertava. Houve lágrimas que não matei porque me fiz de gestos que não prometi. E na noite abrindo-me como toalha generosa servi-me do meu desassossego e assim me acrescentei.

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