O Desejo de Ser

Entre o desejo de ser
E o receio de parecer
O tormento da hora cindida

Na desordem do sangue
A aventura de sermos nós
Restitui-nos ao ser
Que sempre fomos.

Aproximo-me da noite, e o silêncio abre os seus passos escuros, como que um buraco que absurve escuridão e luz. Esta deveria ser a hora em que me recolheria como um poente no bater do teu peito. Mas a solidão entra pelos meus vidros e nas suas mãos solto o meu delírio. É então que surges, com teus passos de Mulher, os teus sonhos guiando-me por corredores infinitos e regressando aos espelhos onde a vida te encarou.

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