Olhar


Se eu pudesse caminhar com palavras tuas, se eu podesse falar-te, se tu pudesses ver-me se eu pudesse olhar. Nenhum impulso de escrita emerge do ilimite vazio. Se escrevo ou falo ainda é porque o sinto. Se olho, se prossigo sei que a minha sede não é vã, onde estou é na tua rua. Onde estás é além de todo o encontro. E se escrevo, é porque talvez espere avançar entre os meus muros, para um sinal que ilumine esta estrada. Se eu pudesse falar-te através destas palavras, se tu pudesses ver-me se eu te pudesse olhar.

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