Eis o Lugar


Sinto a perfeição de um corpo e nos seus olhos perpassa um pouco o medo. O medo de ser O Desconhecido, de ficarmos esquecidos na eternidade...Serei eu que tu vês? Quem me abraçou outro dia não é já quem me abraça? Sinto o não e o sim-A inflexão da noite. Vivo à superfície de um corpo negro e fundo. O amplexo é real e o que escrevo é a falta de algo que me completa. Porque é tudo tão breve e tão longo, não sei. Tenho os os olhos fechados de abertos de ternura. Eis o lugar em que o centro se abre, onde sentimos a verdadeira ausência.

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