Reencontro


É no reencontro que se descobre. É no reencontro de palavras que se volta a lembrar. É no reencontro que aquela ausência indiferente passa a correspondência presente. Mas também se descobre. Descobre-se na música, na paz de espírito e depois quer-se mais. Não ficamos indiferentes ao reencontro. Aquele rosto nos era conhecido torna-se mais forte, mais presente. Contam-se memórias e desabafos. Histórias e curiosidades, numa tarde, numa noite. Descobre-se elementos tão importantes da nossa vida. Mas sem que, lentamente algo mais se despolete. Torna-se gradual e constante. Até que surge o já esperado desse reencontro. Trocam-se perfumes e músicas. Mas...não se vive o antes do reencontro. E por mais que seja forte, o antes vem sempre antes do depois. Percebo a força do antes. Sem que não queira que venha o depois...Encosto-me então na tua rua, como se tivesse à espera de outro teu reencontro.

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