Encontrar-te


A nudez da palavra que te despe

Que fortifica, corre

Com os olhos dela te quero ver

Que não te vejo

Boca na boca através de que boca

posso eu abrir-te e ver-te?

É meu receio que escreve e não o gosto

Do sol ver-te?

Todo o espaço dou ao espelho vivo

E de ti o escuto

Silêncio de vertigem, grito ao alto

És palavra

À beira de nasceres tua boca toco

E o beijo e já encontrar-te

1 comentários:

Anónimo disse...

Simplesmente lindo !!! Inimaginável a vida sem amor ...