Quero escrever-me de homem
Quero calçar-me de terra
Quero ser
A estrada marinha
Que nos segue depois do último caminho
E quando ficar sem mim
Não terei escrito
Senão por vós
Irmãos de um sonho
Por vós
Que não sereis derrotados
Deixo-vos
A paciência dos rios
A idade dos livros que não desfolham
Mas não levo
Mapa nem bússola
Porque andei sempre
Sobre meus pés
E doeu-me às vezes viver
Hei-de inventar
Um verso que vos faça justiça
Por agora
Basta o arco-iris
Em que vos sonha
Basta-me saber que viveis
Por viverdes de menos
Mas que permaneceis sem preço
Companheiros
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário