Maré


Os meus olhos obtêm um enquadramento perfeito, como uma paleta de cores quentes e um olhar exímio sobre a chuva que cai na tua face. Vou à esquina de ti comprar flores, guardá-las nas entranhas dos bolsos de inventar e vou ao sotão buscar a lenha de acender a fogueira de falar. Diremos orações no tom do vento, encorajando fantasmas que há em nós, ouviremos o som da chuva, sempre chove na sede de quem quer. Da minha janela virada ao poente nasceu uma paz romântica e apaixonada que irronpe sons poéticos. No momento mais lírico, mais exaltante, apareceste ao crepusculo, metade sol, metade lua, no extase primaveril que amadurece a mente minha, cheia da tua voz. Vais.me dando asas, a olhar para o mistério da paz lá no alto contigo. Gosto de te ver dormir, serena como um anjo. Adivinho azuis no poente dos teus olhos e invento uma tarde. Um toque suave das epidermes transmite-me calma e amor sobre os sonhos. Vem, diz uma voz, vamos então, de mãos torcadas, dadas, atadas, naquele nó de bem-estar. É a onda do sonho que se instala. A mão agora impõe, mas o beijo...é carícia de tão leve. O corpo roda, quer mais pele, mais quente. Então já a maré subiu de vez, é todo o mar que nos inunda. Afogados, somos a maré alta de quem ama.

1 comentários:

Anónimo disse...

AMO frança a sério, tá lindo sinceramente olhando para ti acho q ninguém nunca te imaginaria capaz de escrever estas coisas. Adoro a maré adoro o mar. Se pensares as marés são como as amizades umas vezes estão cheias outras estão vazias, outras nem dás por elas, vão, voltam. mas no fundo quando existem estão e estarão sempre lá.

Patititi