Pergunto-me


Pergunto-me quem sou agora. Mesmo sem obter resposta tento encontrá-la. Da inexistência do ser surgi, feliz, inocente talvez para um agora passado que parecia reluzente. E agora pergunto-me. Sou menos? Ou mais? Agora no futuro que parecia distante e infinito pergunto-me. Será aquele passado tão distante que me faça ignorar esse enaltecimento? Ou foi esse passado que me fez ver agora no futuro o que era verdadeiramente esse passado. Pergunto-me. O que sinto, como penso, o que me tornei ou o que sou. Mudado sim, pois ao tempo nada é impune. Mas da inexistência à luz e da luz para a treva haverá assim tanta diferença? Pergunto-me como seria se não estivesse neste futuro. Nada é certo e o tempo pouco de novo me trouxe. Permaneço neste espaço nu. Pergunto-me agora no Presente, pergunto ao futuro se era o mesmo sem o passado e pergunto ao passado se queria este futuro.

2 comentários:

Manuela Lopes disse...

https://www.facebook.com/amordesigual

Anónimo disse...

gostava de te voltar a ver escrever...

anónimo de Sempre