Ver-te-ei por ventura de novo subitamente ao pé daquele lugar sob a exaustão do dia? Quando te perdi comecei a atravessar o ácido rio do silêncio onde a margem me escurecia com a sua sombra omnisciente. No reflector que há dentro de mim capto agora a imagem insólita da unidade. Noite e dia. Anoiteço sem lágrimas e continuo a querer mais, sem saber se sofro por ti que ameaças partir ou por esta despedida de mim.
A felicidade só é real quando partilhada
Consegues sentir?
Cada momento?
Cada pulsar que faz de ti vivo?
Tu és único.
Fazes parte deste Mundo.
Nunca desistas.
Mesmo que isso te leve ao limite.
E que erres inúmeras vezes.
Acabarás por sair por cima.
Por mais que te gritem o contrário.
És único.
Por isso, luta pelo que queres.
Luta pelo que só em ti existe e é raro nos outros.
Luta pelo que te faz viver.
Não por aquilo que achas que está correcto.
Mas vive com coragem, sem medo.
Nunca deixes nada por dizer.
Faz o que quiseres quando quiseres.
Não sigas o mundano, sê tu próprio.
Não te deixes vencer pelo escuro.
Procura a luz.
Lembra-te, se queres algo na vida.
Esforça-te e agarra-a.
Eleva-te ao extremo.
Ganha novas experiências.
Conhece novas pessoas.
Não te acanhes.
Faz a tua voz ouvir-se!
Mas acima de tudo, sê feliz.
Agarra cada momento.
Ama as pessoas que te rodeiam.
Conhecidos e desconhecidos.
Partilha o teu espiríto.
Com os teus amigos, família, amantes, anónimos.
Porque quando o fim chegar...
Saberás que foste feliz.
Partilha a tua felicidade.
Vive, ama, luta, grita.
Por quem verdadeiramente gostas.
Porque a felicidade só é real quando partilhada.
Solitão
Num segundo cabem séculos de história, momento silencioso que grita. Todas as noites ainda se parecem àquela noite em que sucumbimos em nós. A ideia de um templo vivo onde a igualdade e futuro se haviam de fundir. O que este silêncio me traz, não é a chama do sacrifício, mas tão só o querer mais. Silêncio e metamorfose juntam-se, batem às portas do futuro incadescente que me parece cada vez mais claro. À deriva flutuamos, onde de outra perspectiva vemos os sonhos. Mas na varanda da esperança, algo vai abrir. Sem regresso, uma nova resistência para o novo dia, irradiando o esplendor da vida.
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