À Espera


À spmbra de um tempo que arrasta outro tempo. Ao tempo de uma sombra sucede-se outro tempo. Entre o desejo e o passado meço a importância de ti. Agora estamos trocados na ausência. Navegas solitária e eu vejo o que te dei. Mas sozinhos. Sozinhos no que é de cada um. Quero ver e navegar contigo com leme, com rumo, mas sem sim porque o que mais importa é a viagem. Estamos numa distância de sombra sem palavras. Uma distância e uma palavra não chega, nem a sua própria sombra, nem a nudez da ausência de si própria nem o encostar na rua à tua espera. A saudade aperta dos tempos do Chiuado e de perfumes azuis.

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