Sombra do Vento


O ar circulará, na arquitectura das tuas palavras, no contraluz de um sol já desde o abrir dos teus olhos ao teu grito. É pelo ar que o canto ressoa e vai crescendo à procura de renovadas palavras. O ar vai e vem, como um cego que vê os trapos do corpo. Porém vê ternura, e revolta-se vindi do além ao contrário, em sentido proibido da paixão. Ele luta e prossegue, precipita o novo ser, corre à nossa frente e grita. Grito até ao esplendor das ruas e asas do vento. Sangue liberto em ti, esse luar de vida, este rompante tempo nossa que hora a hora é vivido no sonho eterno.

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