Daqui


Bate à porta...porém fui abrir e nada. Cardíaco e melancólico ronca entre desejos. Pulou o muro e subiu à árvore em tempo de trepar. Daqui vejo vejo o sangue espalhado, renascido, mas às vezes nunca sara. Daqui vejo almas, vejo beijos que se beijam e ouço mãos que se tocam e que viajam em mapa. Vejo muitas outras coisas que não ouso compreender...Vozes que ouvi, entre grades solenes de êxtase. Talvez no território acusado entre a espuma, onde respira uma criança apenas. E que presságios viu desenrolar! Hora infinda sepultada na mais sargente areia que os pés pisam, pisam e que por sua vez desaparecem. De novo essas vozes...Não as escondas, guarda-as em tom sagrado ou grita-as em tom do Mundo. O ar crispa-se de ouvi-las e para além do tempo que ressoam, remos batem a água transfigurada. Correntes tombam. Eis que ressurge o antigo, o novo; o que do nada extrai vida, de verdade que nutre. Eis que a posse abolida na de hoje reflete-se e quantos desses diam soluçaram e que habitam e soluçam.

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