Entre o céu e a terra


Começar a ver ao longe, para lá da linha do horizonte finos traços sublimes. Recordo-me dos traços passados que ne enchem a alma. Que saudade, palavra lusitana que vivo. Se não fosse esta nostalgia recente como se um jogo de um anjo misterioso tivesse atravessado perante esta minha vida e que tem destino, as grandes esperanças são esperanças futuras. Vem o tempo e a ideia do passado visitar-me na curva de um jardim. Vem a recordação e me penetra, subitamente. Violentamente. E as memórias escorrem, seguidas do tempo que traz novo sentimento mutuo. Um pedaço de ti rompe a neblina, ao crepusculo, uma luz, uma alegria baixando sobre o peito despojado. Havia a promessa do mar, abafando o calor que soprava com o vento correntes de melancolia. A sombra azul da tarde nos encobre, baixa, solene, severa. Os dois apenas, entre o céu e terra.

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